“Além do Bem, Além do Mal
O que a Lua traz consigo?”
-Maldita, “O que a Lua Traz Consigo”.
O termo originalmente veio do Yoga, se referindo a algumas práticas do Tantra (Vama Marga). Tais práticas utilizam a quebra de alguns paradigmas relativos a própria cultura Hindu, como a ingestão de determinados alimentos ou práticas sexuais. Como um caminho que destrói determinados dogmas ideológicos, ficou conhecido como “Mão esquerda”. Dentro desta filosofia, este caminho não possui nenhuma conotação “Sinistra” ou “Satânica”, sendo apenas uma via de desenvolvimento interior.
Para nós, ocidentais, o termo passou a representar uma dicotomia que, por muitas vezes, possui a Cabalah como base – entre a Mão Direita, autruísta e sentimental e a Mão Esquerda, egoísta, racional e voltada para o “Eu”.
Muitos autores atuais confundem o termo “Mão esquerda” interno as práticas do Tantra com sua aplicação dentro do Ocultismo. Isso tem se mostrado um erro que leva alguns autores a afirmarem que “A mão esquerda não tem nada a ver com Satanismo”. De fato, nem todo praticante do LHP (Left Hand Path) é um Satanista, mas o Satanismo é uma das vertentes internas a Mão Esquerda.
Caracterizada pelo egoísmo e pela utilização de energias negativas ou de baixa frequência, como demônios, Exus e deuses negros, o LHP não é necessariamente Mal ou Imoral. Mas sim “Amoral”, estando além do Bem e do Mal como conceituados pela sociedade. Da mesma forma que a Mão Esquerda tântrica, é um caminho de Alquimia interna e quebra de dogmas e paradigmas impostosos pelas maiorias. A única moral existente sendo o bom senso do próprio praticante. Ou seja, para os que tentam justificar atos criminosos ou suas próprias perversões estúpidas utilizando este caminho, estejam avisados que ele não é uma desculpa para nada. Por mais que se haja liberdade, sempre deve haver a consciência do adepto.
É um caminho que por muitas vezes se torna sombrio por necessidade. Algo tortuoso, onde saimos de nossa “zona de conforto” e nos forçamos a mudanças, as vezes indesejáveis mas necessárias. Devido a esta falta de comodismo, constantemente é um caminho atacado ou incompreendido por aqueles que estão confortáveis com suas prisões de carne. Algo que não possui espaço no LHP.
Lembrando que o termo é aplicável a árvore da vida, onde o pilar da severidade fica á esquerda, mas também serve para os que trilham os túneis de Seth e as Qliphots.
Uma das possíveis representações desta dualidade “direita x esquerda” dentro do ocultismo também é o Baphomet, cujas mãos apontam a duas luas – uma negra e uma branca – que representam estas correntes “morais” e filosóficas, as quais nem o próprio Eliphas Levi compreendeu em sua totalidade – que talvez nem nós iremos compreender por hora.
Fonte Arauto do chaos
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